sábado, 15 de setembro de 2012

Visão de Paradela da década de 70

Pequena aldeia tansmontana com aproximadamente 300 habitantes.
A principal rua era a direita. No meio da aldeia um largo, rodeado pela igreja, os tanques colectivos, onde as novidades corriam de boca em boca, o jardim da Casa Gama com árvores lindas e raras ( que pena terem sido trocadas por esqueletos de casas inacabadas), o tanque bebedouro dos animais, a fonte , onde as senhoras sentavam à tardinha para saberem das notícias mais recentes e verem o vai e vem do largo. O meio desse largo era enfeitado por uma bica de água cristalina, onde as raparigas enchiam seus cântaros de água e um lindíssimo chorão, onde os homens jogavam cartas e tomavam vinho.
O Largo era palco de todos os acontecimentos do lugar.
Em Paradela existiam duas mercearias, a do Sr. Abílio Figueiredo no Largo e a da Marquinhas no Curral. Ali podia-se comprar o que a terra não fornecia.
Os campos eram todos cultivados por: belas searas ,vinhas, olivais, cerejeiras etc..
As famílias eram ordeiras e simples. Os mais velhos aceitavam a vida tranquila do campo. Os mais jovens saiam sequiosos de conhecer o mundo. Porém, quase todos voltavam para as férias de verão.
Não importava a casa simples ou a mesa tosca, mas farta de pão e afecto.
Foi nesse lugar mágico que nasci, passei minha infância e vivi os amores platónicos próprios da juventude.

sábado, 8 de setembro de 2012

Abuso sexual

  Hoje em dia somos bombardeados por notícias sobre abusos contra crianças e adolescentes, seja na própria casa ou nas instituições.
   Sabemos que no lar é muitas vezes o pai, o padrasto, o tio etc..., o violador. Pessoas que deviam lutar pela segurança dessas crianças. Sabemos também que muitas vezes a própria família, inclusive a mãe encobre por  medo do marido ou de escândalos. Isso eu chamo de covardia.
   Atrás dos muros, as crianças são abandonadas à própria sorte e esses monstros aproveitando-se desse abandono agem de modo covarde, achando o cenário perfeito. Muitos desses monstros são: juristas, padres, políticos e etc...
    Enfrentamos ainda a pedofilia via redes sociais.  Esses monstros entram em nossas casas para seduzir nossas crianças. Algo precisa ser feito para acabar com tamanha monstruosidade. As autoridades fazem vista grossa. Teme-se mexer no vespeiro podre  e abandonam-se os infelizes ao choro, à raiva, à dor pelos cantos do sacrifício. Muitas vezes ainda sentindo-se culpados por lhes incumbirem  esta "culpa".
   A sociedade vive numa espécie de sonambulismo pela deturpação de valores e precisa acordar e dar um vasta nesta ferida aberta em todas as camadas da sociedade .
   A criança que sofre abusos dá-nos sinais para que percebamos o que está acontecendo. Então, não façamos como a avestruz, baixando a cabeça para o problema. É nosso dever zelar, observar e denunciar.
  _  Vamos proteger nossas crianças!
  _  Lutemos por sua integridade física e moral!
     Para que o futuro dessas crianças possa chegar com novas matizes, novas perspetivas.


                                                                                            Teresa Correia.


   



Pedras Portuguesas

    Há algum tempo atrás, lendo o jornal , deparei-me com a seguinte manchete: "Pedras Portuguesas Genéricas".
     Li e reli , precisava entender.
     Pirata não é material falsificado? E genérico é o quê? Fui no "Aurélio," está lá .Genérico: respeitante ao gênero e nome do princípio ativo que o integra. Pirata: diz-se de edição de livros, discos, ou produção de objetos, etc... fraudulentos.
     Bem, pelo que eu entendi, genérico, quer dizer que o produto fabricado tem o mesmo princípio ativo. Então, não é falso, mas o princípio ativo das pedras portuguesas é pedra, já as genéricas é cimento, sendo assim, as pedras genéricas brasileiras não são genéricas, e sim fraudulentas.
     As verdadeiras pedras portuguesas são feitas de pedra e trabalhadas por competentes artesãos, que fazem com elas desenhos sensacionais para embelezarem as ruas das nossas cidades portuguesas. Arte esta admirada por tantos que nos visitam.
     As genéricas são feitas de cimento e moldadas em formas pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
      No mesmo dia da matéria chegando no Centro do Rio, vejo a guarda Municipal prenderem as mercadorias dos camelôs. Gente! Não entendi nada, ou melhor, entendi que tanto as mercadorias dos camelôs, assim como as pedras genéricas são falsificações baratas, e de portuguesas não têm nada. Acho até que nossas pedrinhas tão famosas mereciam um pedido formal de desculpas, evitando-se assim, um conflito entre os países irmãos.
Nota; Estas pedras genéricas foram colocadas na Zona Portuária do Rio de Janeiro.

                                                                                                                             (TERESA CORREIA)